Posso dizer que pelo trabalho aqui no blog, aliado às informações recebidas, bem como através da leitura de livros nacionais de literatura fantástica me possibilitou conhecer um pouco mais sobre esta fatia de mercado, bem como conseguir visualizar as potencialidades, e também o que se dá para melhorar quando se trata de ficção fantástica brasileira, por isso selecionei nesta lista (que aliás pode causar polêmica) 10 clichês mais comuns na Litfan nacional:
1 - Lá fora: Talvez essa seja uma das coisa que mais me chame a atenção, o fato de que grande parte da ficção fantástica nacional acabe se passando fora do Brasil. Alguns autores são felizes e conseguem falar sobre Londres, ou os Estados Unidos com muito propriedade. Mas há exemplos, e não são poucos, que teria sido melhor o autor não ter escrito sobre cidades lá de fora. A mim, este é o principal clichê, e que certamente os leitores do blog já encontraram, num ou outro livro;
2 - Fator Londres/Inglaterra: É quase a mesma coisa que o item anterior, mas achei interessante ter um tópico exclusivo, tamanha produção de autores nacionais que ambientam suas tramas em Londres, e no restante da Inglaterra;
3 - A re-invenção da Bíblia: Não é necessário você ter lido muitos livros da ficção fantástica nacional para descobrir o anseio dos autores em reescrever ou criar novas teorias para os textos bíblicos. Uma pesquisa rápida nos catálogos de editoras que publicam literatura fantástica pode confirmar que a Bíblia é principal livro a influenciar a litfan tupiniquim. Em alguns casos o resultado é excelente, como em A Batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr, em outros não funciona muito bem;
4 - O Poder dos Dentuços: Não se engane pensando que zumbis ou os anjos sema parelhos para derrubá-los, disparados os vampiros ainda são os personagens mais clichês da literatura fantástica brasileira;
5 - O Salvador da Pátria: A jornada do herói está presente na grande maioria das produções brasileiras de literatura fantástica, quase sempre com o mito do jovem escolhido divinamente para salvar o mundo;
6 - Filhos de Tolkien: Não sei se posso chamar isso de clichê, mas boa parte da literatura fantástica brasileira tem claras influências de Tolkien, as vezes mais por causa dos filmes de Peter Jackson, que propriamente nos livros, e tais influência ficam bastante nítidas em grande parte da produção nacional;
7 - Excesso de referências: Alguns livros nacionais tenho notado certo exagero em referências, que muitas vezes não ajudam no desenvolvimento da trama por si mesma;
8 - Síndrome Trilogia: Isto é tão clichê, mas tão clichê, que escritor brasileiro de literatura fantástica nãos nasce com o sonho de escrever um livro, mas sim de escrever uma trilogia;
9 - Num reino, tão, tão distante: Outra característica a a excessiva criação de mundos, ou reinos distantes ao melhor estilo idade média na produção nacional;
10 - Ausência de Elementos Locais: A pouca utilização de elementos nacionais e do folclore brasileiro na literatura fantástica nacional que se faz uma ausência percebida, o que a coloca entre os principais clichês da nossa Litfan;