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Channel: Listas Literárias | As listas mais criativas e originais da internet
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10 Bons motivos para conhecer A Reportagem, de Bettina Muradás

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Olá literários e literárias. No post de hoje uma dica que pode agitar leitoras e leitores do Brasil, especialmente os fãs de sensualidade e ação. Selecionamos 10 bons motivos para conhecer A Reportagem, de Bettina Muradás, confira:

1 - A Reportagem é um thriller que busca aliar o ritmo das tramas policiais mas que também reserva espaço para o amor, e claro, um olhar sobre a corrupção no Brasil num lançamento que tem chamado a atenção das leitoras e leitores brasileiros;

2 - Dentre algumas opiniões sobre a obra se fala que "Bettina Muradás desponta no gênero policial como uma grata surpresa. A cada página, personagens bem delineados vivem uma trama com sucessivas revelações surpreendentes", e ainda, apontam o livro como"um thriller por excelência, um bom roteiro policial. O livro leva ainda o cenário político de um Brasil mergulhado em corrupção para dentro da trama";

3 - No romance, conhecemos Gisele Coelho, mulher sensual e jornalista competente, que ao receber uma informação e segue seus instintos. Vai aos Estados Unidos em busca de uma grande história. Lá encontra o advogado Matthew Newman é o agente especializado em perseguir rastros de fraudes financeiras contratado por ela;

4 - A partir disso, divididos entre a sensualidade superficial e o romance intenso, advogado e cliente mergulham numa relação tempestuosa enquanto enfrentam criminosos e percorrem as ruas de Manhattan e as praias de um paraíso fiscal no Caribe, a procura de pistas que comprovem um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção. Nesta busca encontram as peças de um quebra-cabeça que revela segredos da vida pública brasileira;

5 - Para escrever sua história, a autora usou de sua paixão pela escrita para adentrar o universo da literatura. Nascida em Curitiba- PR, a jornalista Bettina Muradás foi desde cedo seduzida pelo universo das palavras. Foi repórter e colunista no jornal “Correio de Notícias” e na “Singular Agência de Notícias”. Redatora e editora premiada na agência de publicidade “Umuarama”, decidiu assumir sua paixão pelo campo e enfrentar um novo desafio no meio rural atuando como diretora da Jatobá Pecuária, onde contribuiu para o aperfeiçoamento do plantel de gado Nelore da empresa e a conquista do tricampeonato como melhor criador de gado Nelore do Brasil em 2008.

6 - Quanto à carreira de escritora, teve início junto com sua primeira filha. Horas e dias de permanência em casa entre fraldas e mamadeiras a levaram a produzir o primeiro manuscrito “Inverno no Vale”. Além de escritora, empresária e tenista amadora, atua também como vice-presidente do Instituto TMO - Associação Alirio Pfiffer de apoio ao Transplante de Medula Óssea e encara a atividade do terceiro setor com seriedade profissional e incansável dedicação. Sobre a autora e sua carreira é possível ter mais informações e mesmo fazer contato e conhecer de sua obra através de seu site oficial;

7 - Lançado em novembro de 2016, você também pode ficar por dentro do universo de A Reportagem curtindo sua página no Facebook e também acompanhando a autora em seuInstagram;

8 -  Além disso, claro, você pode adquirir seu exemplar pelo site da editora Chiado por um preço justo. No Brasil você encontra o livro na Livraria da Vila;

9 - Portanto, não perca a oportunidade de conhecer este jogo perigoso resulta numa reportagem que pode derrubar o Presidente da República e jogar na lama a reputação de políticos e nomes importantes no cenário brasileiro;

10 - Enfim, A Reportagem congrega elementos capazes de agradar uma grande diversidade de leitores fãs de diferentes gêneros, num trabalho instigante (e com sua bela capa) que busca prender o leitor num universo de riqueza, poder, desejo e vingança. Tudo isso em meio a manobras de investigação policial e movimentos políticos, os quais a autora pretende traçar um panorama da política nacional que se encaixa em vários momentos da nossa historia recente, mas deixa que as ações de seus personagens determinem o rumo do romance.

10 Livros brasileiros de literatura fantástica que abordam com sucesso o folclore e a mitologia nacional

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Essa semana um post com clichês da literatura fantástica brasileira antigo aqui no blog acabou revivido e de certo modo alcançando em 2 dias e meio cerca de 10.000 leitores. Parte das discussões nos comentários tratam sobre o uso da mitologia e do folclore nacional na literatura fantástica. Aproveitando, hoje selecionamos 10 obras nacionais que conseguem com sucesso abordar o folclore e a mitologia nacional com bastante riqueza, confira:

1 - O Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato: A maior parte desta lista observará obras recentes, mas não teria como excluir dela as obras que compõe este clássico universo da literatura infanto-juvenil brasileira que aborda boa parte do nosso folclore brasileiro.

2 - A Bandeira do Elefante e da Arara, de Christopher Kastensmidt: É de um americano radicado no Brasil uma das mais relevantes obras fantásticas a dar novas possibilidades aos mitos e folclore brasileiros. Ambientado num Brasil colonial a obra é de uma riqueza e esplendor visual que destrói qualquer argumento de quem acha que nossas criaturas não tem espaço na literatura fantástica nacional. A obra já esteve entre os finalistas do Prêmio Nébula, foi adaptada para graphic novel e esta sendo publicada na China;

3 - Macunaíma, de Mário de Andrade: O fato de ser um dos romances canônicos no Brasil e ser uma obra da vanguarda modernista no país talvez impeça a muitos leitores a verem-na também como produção fantástica, o que ela guarda elementos e mergulha em nossas lendas e mitos justamente em busca do tal caráter nacional;

4 - Ouro, Fogo e Megabytes, de Felipe Castilho: Uma das mais conhecidas da lista pelos fãs de literatura fantástica, especialmente do público nerd, a obra trás para o espaço urbano criaturas do folclore nacional, sendo inclusive chamado por alguns de Rick Riordan brasileiro, conquistando com o livro grande público;

5 - Causo, de Eneas J. F. Severiano: Pendendo para o horror e suspense numa atmosfera de clima policial foi uma das obras a surpreender aqui no blog , inclusive pelo fato de não ter chegado a uma editora pelo menos média. No livro o autor consegue trabalhar como poucas vezes vistas as criaturas e lendas nacionais, sempre com um viés tenebroso, e assim comoA Bandeira do Elefante e da Arara produz imagens e cenas sensacionais;

6 - A Odisseia de Tibor Lobato, de Gustavo Rosseb: A obra também busca fazer um resgate de personagens famosos como a Mula-Sem-Cabeça, o Boitatá e a Cuca; além de outros como a Pisadeira e a Porca dos Sete Leitões;

7 - Cira e o Velho, de Walter Tierno:  No livro, não só o cenário e o folclore brasileiro estão presentes, mas reúne também referências literárias e históricas e está entre os mais procurados trabalhos no gênero no país;

8 - Lendas do Sul, de João Simões Lopes Neto: Observamos aqui mais um autor que não é observado como literatura fantástica, mas cuja obra inclusive serve de referência para muitos autores contemporâneos com seus contos que mais do que abordar das lendas do Rio Grande do Sul, falam também de Brasil, um Brasil fantástico;

9 - Anhangá, de J. Modesto: Neste livro, o autor que já publicou diferentes obras dentro da literatura fantástica volta-se ao nacional narrando a aventura numa época pré "descobrimento" do Brasil;

10 - Quando O Saci Encontra os Mestres do Terror: Para encerrar vamos colocar essa antologia da editora Estronho cujo objetivo é o de justamente revisitar o folclore e a mitologia nacional com fonte da literatura fantástica;

10 Bons motivos para conhecer Ajuste de Contas, de Wallery Giscar Desten

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No post de hoje mais uma grande dica para os leitores; neste post selecionamos 10 bons motivos para conhecer Ajuste de Contas, de Wallery Giscar Desten publicado pela editora Giostri, confira:

1 - Para quem curte muita ação e também pitadas de romance, Ajuste de Contas tem como elemento estruturante da narrativa a pistolagem ambientando-se nos cenários do Piauí, o que constitui-se também em oportunidade de conhecermos nossos "brasis";

2 - Vale ressaltar ainda que o livro inclusive foi premiado pelo “Prêmio O. G. Rego de Carvalho – Categoria Novela” da FUNDAC-PI, em 2001 demonstrando já o potencial desta obra;

3 - Na obra,conhecemos Justino, um experiente pistoleiro contratado para um “serviço” em Parnaíba – PI, personagem que o autor criou inspirando-se nas cantigas dos violeiros nordestinos. Já nos preparativos para a execução de um contrato de morte, o matador desconfia de que é vítima de uma suposta emboscada que se reverte na elucidação de uma injustiça do passado e na descoberta que mudará definitivamente sua vida;

4 - Uma história de vingança, amor, traições, segredos e descobertas , penetrando nos meandros da vida dessa figura tão sombria e emblemática do nosso imaginário e que desperta ao mesmo tempo curiosidade e mistério: o pistoleiro;

5 - Formado em Letras e também como Bacharel de Direito, vale destacar que o autor Wallery Giscar Desten vem realizando um destacado trabalho na literatura,conquistando o 3º lugar no concurso de poesia da VII semana de Letras da UESPI – 1998; 2º lugar no concurso de crônica da FUNDAC – 1998; participação na antologia poética “As trinta melhores poesias” do I Concurso UESPI de literatura – 1999; menção honrosa com o romance O jardim dos amores– FUNDAC – 2003 e com Ajuste de Contas conseguiu o 1º lugar no concurso “Prêmio O.G. Rego de Carvalho – Categoria Novela – FUNDAC – 2001;

6 - Quanto ao livro Ajuste de Contas ainda se pode falar da facilidade dos leitores brasileiros encontrarem-no, podendo adquiri-lo por preços bem interessantes em livrarias como a Saraiva e a Cultura;

7 - O livro, além de já ter sido premiado, chega agora publicado pela editora Giostri sob grande atenção do público que até então tinha acesso à obra através do formato digital no site da Amazon. O lançamento ocorrido neste mês de março ocorreu em Teresina - PI onde o autor reside há 28 anos;

8 - Portanto, terão os leitores nesta publicação a oportunidade de conhecer uma obra com uma história de vingança, amor, surpresas e traições, penetrando nos meandros da vida dessa figura tão sombria e emblemática do nosso imaginário e que desperta ao mesmo tempo curiosidade e mistério: o pistoleiro;

9 - Além disso, você pode acompanhar notícias sobre o livro, bem como trocar ideias com o autor acerca da obra por sua página no Facebook;

10 - Enfim, Ajuste de Contas tem um tempo já de estrada, inclusive com reconhecimento público e agora ganha esta bela edição da Giostri apresentando um cenário instigante e personagens que mexem com a curiosidade dos leitores sendo uma boa oportunidade para ampliar-se o conhecimento de nossos autores nacionais.

10 Considerações sobre O Exilado Político Vegetariano, de Alexandre Kostolias ou sobre orgulho da pecuária nacional

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O Listas Literárias leu O Exilado Político Vegetariano, de Alexandre Kostolias publicado pela editora Jaguatirica; Veja as 10 considerações de Douglas Eralldo sobre o livro, confira:

1 - O Exilado Político Vegetariano é uma curiosa narrativa que tem como pano de fundo o regime ditatorial argentino e a busca de seu protagonista, Hernán Lopes por um lugar ao mundo enquanto foge da intolerância e do totalitarismo imposto em seu país ao ponto de que suas escolhas alimentares podem tornar-se revolucionárias;

2 - No romance, o protagonista, preso sem acusação, leva algum tempo para descobrir que "os argentinos têm muito orgulho de sua pecuária" e passa dias sob intensa preocupação. Após sua liberdade conquistada a um preço bastante alto, foge do país indo parar nos Estados Unidos, onde aprende que há também intolerância nos movimentos tolerantes;

3 - Em sua estadia no exílio, o protagonista então perambula por entre figuras alternativas, mas acima de tudo embrenha-se numa jornada em busca da compreensão de uma série de filosofias, especialmente da oriental que tanto lhe agrada, passando a viver diferentes "aventuras" e situações que lhes abrem novas perspectivas;

4 - Apresentado como "baseado em fatos reais" ainda que a ficção não esteja distante do leitor, há no texto a simplicidade e mesmo em determinados momentos a objetividade de um texto jornalístico que amplia a sensação de proximidade com reportagem e o documentário como se estivéssemos diante da biografia do exilado;

5 - E tudo isso é feito numa prosa bastante leve e mesmo divertida numa terceira pessoa que vez por outra é invadida pelo próprio protagonista, especialmente quando de suas demonstrações de ingenuidade e incompreensão diante das diferentes culturas que encontra pelo caminho;

6 - A partir destes elementos apresentados até aqui, a obra parte então para uma reflexão acerca do poder, principalmente dos impactos dos regimes totalitários, mas não deixa de também apontar para incongruências doutros movimentos libertários onde o protagonista também não será compreendido ou tolerado. Na verdade, a síntese de vida de Hernán será justamente a de ser aprisionado, esquecido ou abandonado, seja por aqueles que se colocam como seu inimigo, seja também por seus aliados, por suas relações pessoais;

7 - Isto acaba dando ao romance a sensação de que a intolerância torna-se uma armadilha de impossível escape, visto que no romance o fato de o protagonista manter-se sempre fiel aos seus valores pessoais e à sua própria ingenuidade e alienação acaba gerando a oposição de quase todo mundo, como se o universo fosse composto de pessoas incapazes de tratar o contraditório, mesmo nos círculos mais progressistas, com tolerância e compreensão;

8 - Quanto a tais questões é primordial, porém, observar que a ingenuidade e até mesmo a forma muitas vezes leiga de se observar as relações de poder, tanto da narrativa quanto do protagonista que as escancara, e às vezes soa com fragilidade visto que as questões nascidas da jornada de Hernán pecam pela simplicidade das proposições e das reflexões acrescidas diante uma problemática tão complexa;

9 - Contudo, isto não anula as qualidades da obra pois há valores nesta discussão, mesmo quando se dê de forma mais simples e superficial. Ademais, no conjunto, é válido como o autor aponta determinadas incongruências e contradições, que, porém, poderiam ser mais valorizadas não tivessem a abordagem ingênua de determinados momentos bem como o desfecho final que acaba empobrecendo a jornada de dúvidas do protagonista ao colocá-lo num mero romance de desfecho previsível e adocicado, um contraste com a maior parte do texto;

10 - Enfim, O Exilado Político Vegetariano propõe reflexões que um bom pescador da leitura pode aproveitar bastante através dessa prosa dotada de certo humor e com boa originalidade que nos atrai a atenção, especialmente em seus primeiros capítulos que é donde a obra apresenta suas melhores virtudes.



10 Perguntas Inéditas para a Escritora Ceres marcon

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O Blog Listas Literárias entrevistou a autora Ceres Marcon, que recentemente lançou o livro O Ascendente, e que também já participou de diversas antologias. Aliás, vocês podem encontrar muito material no site da escritora sobre o livro e também literatura fantástica. Confira a entrevista abaixo.


LL: 1 - Para iniciar, seu romance O Ascendente retoma a pauta dos seres angelicais em nossa literatura fantástica. Qual sua relação com o universo dos anjos (e demônios) e a sua motivação para o livro?

C.M.: Sempre li diversos gêneros literários e minha tendência ia para os romances, por causa do amor romântico que, hoje, caiu de moda. Por conta de filmes, principalmente series, comecei a me interessar mais por aventuras, mais em específico as que envolviam o sobrenatural. Comecei a assistir Supernatural o que só aumentou minha vontade de encontrar filmes e livros do mesmo gênero. Então, por indicação de um amigo, conheci A Batalha do Apocalipse, do Eduardo Spohr. Devorei cada página e fui atrás dos outros livros dele. Não parei até completar a coleção. Um pouco depois, graças a Odisseia da Literatura Fantástica, encontrei Ethernyt, do Márson Alquati, uma trilogia, envolvendo seres angelicais e demoníacos, com uma visão diferenciada da origem dessas criaturas. Li os três. Ainda, seguindo essa linha, e no mesmo evento, tive contato com a escritora Tatiana Mareto e seus livros O Segredo de Esplendora, que exploram um universo um pouco diferente, com vampiros, demônios, anjos e magia. Também tem Nelson Magrini e o livro Anjo - a face do mal, com uma abordagem diferente de Lúcifer e a Nazarethe Fonseca, escritora maravilhosa, amante do universo angelical. E, lógico, não poderia faltar na minha lista, André Vianco. Tudo isso, ligado ao desejo de escrever que sempre tive, me fez criar coragem e escrever meu primeiro conto Vitor. Longe do universo de anjos, mas ligado ao sobrenatural, porque aborda um ser parecido com um lobisomem. Com todas essas histórias que li, mais a série Supernatural, não vi porque não poderia fazer algo nessa linha, mas que não fosse tão longe do mundo criado na Bíblia. Apesar de ter sido criada e batizada na igreja católica, hoje, minha crença pessoal passa longe de aceitar anjos e demônios como foram idealizados na antiguidade. Não sei se isso é bom ou ruim para a minha escrita. Acho que ajuda a colocar esses seres inseridos no contexto humano de uma forma um pouco diferente do que normalmente acontece.

L.L: 2 - Aliás, muitos leitores têm comentado em redes sociais que a despeito da quantidade de obras com anjos, seu livro consegue trazer uma abordagem diferente, o que nós, inclusive também confirmamos, visto que consegue desprender-se de outras obras do gênero. Para você como funcionou isso, e como foi o processo de encontrar sua própria voz numa campo com muitos autores?

C.M.: Acho, ainda, bastante cedo e complicado afirmar que eu tenha encontrado minha própria voz, mas também não me considero mais uma escritora de anjos em meio a tantos outros. Ainda tenho um longo caminho para me firmar nesse mundo da escrita. Durante a construção da história, tive várias conversas com amigos que gostam do gênero. Troquei ideias com eles e muito do que eu tinha planejado foi colocado fora: personagens, principalmente. Cada vez que eu pensava em Thomas, meu personagem principal, mais eu tinha certeza que ele não seria um adolescente. Também tinha certeza que não iria misturar mitologias. Queria coerência em minhas escolhas dentro da mitologia católica, mas também queria algo a mais. E esse algo a mais se fez a partir do momento em que as perguntas sobre quais atitudes um ser rejeitado, com duas essências dentro dele poderia tomar? Por que anjos e demônios, sendo criados pelo mesmo Pai, não poderiam se apaixonar uns pelos outros? E, por que não poderiam procriar entre eles, tendo em vista que procriaram com humanos e geraram nefilins? Acredito que esses questionamentos, entre outros, fizeram com que a história não ficasse parecida com as outras que eu conhecia. Também levei em consideração muito do que Supernatural trabalha com relação a esses seres.

L.L.: 3 - Outro detalhe de seu livro, ainda que esteja presente, a mitologia surge mais ao fundo, pois pareceu-me privilegiar a ação. É isso mesmo? Procuraste manter o ritmo intenso sempre? 

C.M.: Na verdade, eu não tive muita opção. A ação pautou as cenas quase na totalidade. As passagens que falam sobre a mitologia serviram para situar os personagens, são, sim um pano de fundo. Até porque, não achei necessário um maior aprofundamento nesse ponto, porque acredito que ela seja bem conhecida pelos leitores.

L.L.: 4 - O Ascendente é o princípio de uma série, tens já definido o tamanho das aventuras de Thomas? O que virá por aí?

C.M.: Eu não tinha me programado para escrever uma sequência, nem trilogia. Acreditava que fosse possível, mas preferi aguardar o retorno dos leitores, que se mostraram dispostos a querer um pouco mais das aventuras de Thomas. No momento, tenho a intenção de escrever um segundo livro, também com a mesma intenção do primeiro, aguardar a reação dos leitores, sem programar a sequência. Tenho outros projetos no rascunho, aguardando minha atenção, dentro do universo sobrenatural, mas é cedo para dizer se darão certo.

L.L.: 5 - Deixando um pouco o livro, falemos das experiências como autora. Sendo do interior do Rio Grande do Sul, como se apresentam os desafios da carreira de escritora? O espaço geográfico de fato apresenta limitações? 

No caso, sou de Antônio Prado, uma cidade pequenina, com uma população aproximada de 13.000 habitantes. Caxias do Sul é um ponto de referência, por ter autores publicados através de leis de incentivo à cultura. Minha cidade está começando nesse ponto. Acho que tudo é muito difícil. Para mim, pelo menos. Primeiro a gente precisa quebrar o tabu de que em cidades como a minha existem talentos, tão bons quanto nos grandes centros. Outros escritores e escritoras da minha cidade se apresentaram antes de mim e atingiram alguma visibilidade na região, porém tudo passa por conseguir uma editora que acredite no trabalho do escritor. No meu caso, sou autopublicada. Tenho o selo da Cafeína Literária, mas o custo da obra foi por minha conta. A Cafeína fez a diagramação, correção, capa, todo o processo editorial. Passei meses, antes e durante o processo de escrita, em busca de informações sobre o funcionamento do mercado editorial. Como poderia publicar meu livro? Essa era a questão. Li muito material sobre o assunto. Troquei mensagens com outros escritores, tentei aprender o máximo possível, até para não me decepcionar. O espaço geográfico atrapalha, sim. Estamos muito longe de centros como Porto Alegre, São Paulo, Rio, que oferecem oficinas de escrita, oportunidades de o autor ser conhecido pelo público, como eventos literários, lançamentos de livros, enfim. A velha máxima: quem não é visto, não é lembrado é verdadeira. Por outro lado, vejo tantos outros escritores, que vivem bem mais próximos desses centros, reclamando das mesmas coisas que chego a conclusão que o mundo da escrita é difícil para todos que embarcam nele.

L.L.: 6 - Aliás, aproveitando a questão anterior, poderíamos ampliá-la. Como tens visto a literatura fantástica no Brasil? Quais são seus desafios?

Boa pergunta. Não faz muito que li um artigo teu que falava sobre isso. O texto é de 2013, e lista os dez clichês da literatura fantástica brasileira, mas não encontrei motivos para refutar tuas afirmativas. Acredito que ainda precisamos amadurecer como escritores de um modo geral, mas principalmente no universo da fantasia. Mesmo tendo Spohr, Vianco, Draccon, falta algo mais. Temos aí o Rubens Francisco Lucchetti, um batalhador incansável dessa linha de fantasia. Porém, os novos, e me incluo, estão propensos a repetir o que já foi feito. Talvez por paixão pela temática e gênero, talvez por comodismo, por moda, porque "se para fulano funcionou, vai funcionar para mim”, porque acreditam que se tornarão best-sellers e acabam esquecendo de inovar, de buscar elementos que transformem o comum, o clichê, em algo diferente, porém crível, possível de existir, que faça o leitor se apaixonar. Estamos apenas copiando o que deu certo lá fora. Tenho como certeza que para aprender, não basta copiar, mas entender como as coisas são feitas, no caso a literatura de fantasia. Quando os escritores pararem de se preocupar com a cópia, teremos não uma voz, mas várias vozes nacionais dentro da fantasia. Aliás, até já citei algumas dessas vozes, mas há outras, como Christopher Kastensmidt, Felipe Castiho, que trabalham com lendas brasileiras de forma majestosa. Você mesmo, com Morgan o único, fez algo surpreendente dentro da linha de mortos vivos. Eu, particularmente, fico com os anjos, porque é onde me encontro. Conheci, há um ano, mais ou menos, um autor maravilhoso: Fernando Raposo, que escreveu um livro incrível, Hollen - anjo caído, que aborda a mesma mitologia que eu utilizei e que usou elementos esquecidos pelos escritores do gênero. Uma história surpreendente, justamente porque foge do que é comum. Esses dias, conversando com ele, pensamos até em fazer um crossover com nossos personagens, pela similaridade do universo em que estão inseridos. Espero que ele não mude de ideia. São poucos os autores que se diferenciam, nesse universo de fantasia, mas sou otimista. Ainda vamos longe.

L.L.: 7 - Falando nisso, um dos seus destaques é o êxito na ambientação, mostrando que o uso do espaço comum (ou seja, Caxias do Sul, Porto Alegre) pode ser apresentado com naturalidade e sem exageros na literatura fantástica. Como você observa esta questão?

C.M.: Não vejo problema com a ambientação ser no Brasil ou no exterior. Acredito que o leitor está mais preocupado em ler uma boa história do que com o lugar em que ela acontece. Optei por ambientar nessas cidades por orientação de meu coaching. Aquela coisa de escrever sobre o que se conhece e usar a ambientação para ganhar o público da região. Hoje, não acredito que isso influencie o leitor na hora da compra, nem em achar o texto bom ou ruim. O que importa é a história. Sempre é ela.

L.L.: 8 - Além disso, seus cenários, sua descrição, tudo monta uma paisagem interessante. Como observas a importância do poder de imagem do texto para as narrativas fantásticas?

Um leitor, por mais conhecedor da mitologia em questão, gosta de visualizar lugares e personagens. Se o escritor der poucos detalhes, no caso da fantasia, complica o quadro mental que o leitor tenta montar. Se oferecer detalhes demais, fica cansativo. Como não sou apensa escritora, sou leitora em primeiro lugar, comecei a observar o que eu gostava em um livro e o que me fazia pular os parágrafos. A descrição, em alguns casos, como disse, cansa. Só se descreve uma árvore se ela for diferente em alguma coisa que tenha relevaria para a história, caso contrário ela é apenas e tão somente uma árvore. O leitor sabe disso e não pode ser feito de bobo. O cuidado para encontrar o caminho da descrição é cansativo, mas necessário. Livros que criam universos são diferentes. Precisam de mais detalhes, porque o leitor tem que estar inserido no cenário. No caso de O Ascendente, não me preocupei tanto, porque como disse, o leitor conhece um anjo, um demônio. Uma cidade não difere muito de outra, a não ser pelo tamanho e elas eram apenas um pano de fundo, um local onde a história se desenrolava, mas não eram fundamentais. Poderia ter sido em qualquer outro lugar. O que importava, mesmo eram os personagens, por isso dei mais atenção a eles.

L.L.: 9 - Sobre O Ascendente, quais suas descobertas a partir de seu lançamento? Além disso, você já participou de muitas antologias, há diferenças entre estas participações coletivas e o voo solo?

Minhas descobertas? Bom, acho que elas passam pelo desconhecimento do marketing. É preciso entender como se faz para vender o peixe que se pescou. Falo isso por ser autopublicada. Não tenho uma editora que banque propaganda, nem paga para o livro ser lido por blogueiros famosos, então o negócio foi garimpar. Procurar por quem eu conhecia na área e descobrir outros. Também é preciso ter contatos influentes na mídia, para abrir espaço em jornais e rádios, sem ter que colocar a mão no bolso. Tudo é muito caro, e cultura, de um modo geral, no Brasil, não dá muito retorno. Logo, esses veículos de comunicação não dão muito espaço para os livros. Estou generalizando. Há os que investem em divulgação de livros, mas são poucos. Para ser autopublicado é preciso dinheiro e contatos. Também tem que ter leitores interessados no que você escreve. Não tenho um número grande de leitores, mas, aos poucos, está aumentando, por conta dos blogs, instablogs, facebook e a divulgação que faço de outros escritores no meu próprio blog ajuda, também. A diferença entre as antologias e o voo solo, para mim, está no fato de que na primeira, você é mais um na multidão. Nem todos que compram antologias leem todos os contos. Os leitores estão interessados no conto do escritor “X”. Os outros, se forem lidos, poderão ganhar algum bônus, como um novo fã. No voo solo, você comanda a aeronave. Disputa o espaço com outros escritores, também, porém você terá algumas armas para chegar até o leitor: uma capa para ajudar o leitor a enxergar o seu trabalho e uma sinopse da história. Em uma antologia, não há garantias de que os outros contos, por mais que tenham passado por uma seleção, sejam bons, realmente. Se o leitor iniciar um conto e não gostar, pode passar para o próximo, ou desistir e nunca chegar a ler o que você escreveu. A venda das antologias é mais complicada, porque você tem que vender o peixe de todo mundo, não só o seu. 

L.L.: 10 - Para finalizar, há alguma dica, para nós, pobres mortais, podermos "ver" essa guerra entre anjos e demônios por nossas cidades gaúchas? Com isso, acreditas em anjos, demônios e outras criaturas que nos observam?

Toda vez que a pele arrepia, alguma coisa além do mundo físico passou perto de nós. Quando algo nos desvia de determinado caminho e atrasa nossa chegada ao destino, fomos poupados de algum tipo de sofrimento. Acredito em vida após a morte. Acredito que temos um corpo espiritual que continua vivo pela eternidade e que, invariavelmente, voltará ao corpo físico a fim de executar compromissos assumidos e não finalizados. Por isso, estamos sim, cercados pelo “sobrenatural”. Entendo que anjos são a consequência de atos e sentimentos bons que plantamos durante nossa existência terrena, assim como demônios são o oposto. Amo a ideia de imaginar seres de asas brilhantes voando por entre nuvens. Sugiro que ao verem uma tempestade se aproximar, imaginem uma batalha em andamento. E para saber quem venceu, observem o resultado final dessa tempestade. Durante a noite, quando o vento cantar mais forte, apure o ouvido. Talvez você descubra a voz do anjo que guarda teu sono ou do demônio que quer te seduzir. E, como terminamos as questões, quero agradecer a você Douglas e ao Listas Literárias pela oportunidade que você me ofereceu. Conte sempre comigo. Um super abraço para você e os leitores do Listas.

7 Livros de Valter Hugo Mãe para te na estante

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Neste post selecionamos 7 livros de um dos autores portugueses contemporâneos mais aclamado dos últimos tempo. Sucesso de público e crítica, Valter Hugo Mãe já levou diversos prêmios literários para casa e cativou muitos leitores. Neste post uma seleção com obras do autor para sua estante, confira:


1 - A Máquina de Fazer Espanhóis: Depois de perder a mulher, o barbeiro António Jorge da Silva passa a viver num lar de idosos. Os quartos da ala direita dão para um jardim onde crianças brincam. Os da esquerda, reservados aos acamados, têm vista para o cemitério. Que alegrias pode a vida oferecer a alguém tão próximo de seguir esse caminho?... + no Submarino

2 - O Filho de Mil Homens: A solidão, para Crisóstomo, é um filho que não se tem. Aos quarenta anos, o pescador decide buscar o que lhe falta. Vai encontrar no jovem Camilo, órfão de uma anã, a chance de preencher a metade vazia, e em Isaura, enjeitada por não ser virgem, a possibilidade de ser mais do que completo... + no Submarino 

3 - Homens Imprudentemente Poéticos: Apresenta os personagens Itaro, o artesão, e Saburo, o oleiro, vizinhos e inimigos num Japão antigo, onde a morte e a ausência de amor servem de pano de fundo para a linguagem lírica do autor que, com sua linguagem única... + no Submarino

4 - O Nosso Reino: Narrado em primeira pessoa pelo pequeno Benjamim, o texto descreve a sua busca para distinguir o bem e o mal em meio à repressão da igreja e aos trágicos acontecimentos que ocorrem a seu redor, quando ele é tido ora como santo, ora como demônio... + no Submarino

5 - A Dezumanização: Mais tarde, também eu arrancarei o coração do peito para o secar como um trapo e usar limpando apenas as coisas mais estúpidas. Passado nos recônditos fiordes islandeses, este romance é a voz de uma menina diferente que nos conta o que sobra depois de perder a irmã gémea. Um livro de profunda delicadeza em que a disciplina da tristeza não impede uma certa redenção e o permanente assombro da beleza... + na Saraiva

6 - O Remorso de Baltazar Serapião: Fruto de uma invenção radical, que combina tempos, ritmos e oralidades arcaicos, primitivos, com um recorte narrativo altamente contemporâneo, o remorso de Baltazar Serapião é daqueles livros excepcionais que parece ter encontrado uma tecla secreta da linguagem, que a dispara e faz florescer de maneira incomparável. Não foi por outra razão que o próprio Saramago, ao lê-lo, afirmou: 'às vezes tive a impressão de assistir a um novo parto da língua portuguesa'... + na saraiva

7 - O Paraíso São os Outros: História que nos conta uma menina que observa como são os casais. Casais de pessoas e casais de animais. Uma menina a quem o amor intriga e fascina. Ao imaginar a vida dos outros, sonha com a sua pessoa desconhecida que um dia há de amar. Pode até ser o Miguel ou não - há tanta gente maravilhosa!.. + na Cultura

10 Dicas para ganhar dinheiro vendendo livros na Amazon

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Produzir e criar histórias é tão bom quanto ganhar dinheiro com aquilo que gosta, não é mesmo? Hoje, através das observações de diversos autores nacionais preparamos um post para você escritor (ou que já tem sua história escrita) com dicas para faturar algum dindim vendendo seus livros na Amazon e disponibilizando-os para usuários do Kindle, confira:

1 - Capriche no seu livro: Não preciso dizer que a primeira etapa, claro, é escrever sua história, mas será também importante antes de "subir" seu livro para o site dar uma bela editada. Apresentar para leitores críticos e mesmo dar aquela revisada legal, até mesmo contratar um revisor é ótimo começo, especialmente porque depois de publicada a sua obra estará sob avaliação dos leitores, então quanto mais profissional seu texto, melhor a chance de feedbacks positivos;

2 - Cadastre-se no KDP: Autores mais experientes já sabem como fazer esta etapa, mas caso você queira publicar pela primeira vez na Amazon, será necessário cadastrar-se primeiro na plataforma KDP, uma tarefa simples e que depois de feita irá dar-lhe acesso ao sistema de auto-publicação de seus livros digitais;

3 - Uma Bonita Capa Também Ajuda: Sim, a imagem é importante para seu livro digital, por isso uma capa interessante irá atrair bastante a atenção dos possíveis leitores, por isso capriche na imagem, mais uma vez, se tiveres um valor para investir vale até contratar um profissional;

4 - Escolha quanto quer receber: Os autores que publicam na Amazon podem escolher o quanto querem receber por seu livro digital, mas veja só, valores muito altos podem atrapalhar as vendas, assim como valores muito baixos podem colocar desconfiança nos leitores. Pelo sistema você receberá royalties de 30% ou 75% o que pode ser bem interessante, além da remuneração do fundo KDP que se dá pela leitura de páginas. Logicamente, há quem reclame e quem goste do sistema da Amazon, mas vejamos o caso de um autor que publique seu livro a um preço de R$ 10,00. A cada venda poderá receber royalties de R$ 3,00 ou R$ 7,50. Claro que o desejo e sonho de todo autor é ter sua obra publicada por uma grande editora, nas quais geralmente recebem direitos autorais de 10% do preço de capa, que ficam entre 34,90 e 40,00 conforme cada caso;

5 - Invista muito na divulgação e engajamento: Bom, nesse passo seu livro já foi publicado, e é quando começa talvez o maior trabalho dos autores (o que não é fácil para a grande maioria). Os principais casos de sucesso de autores publicados na Amazon apontam para a necessidade de intensa propaganda e divulgação, além disso, exige do autor também muito engajamento do autor nas redes sociais, sendo que os que conseguiram trabalhar bem essa etapa, conseguem bom retorno de suas vendas;

6 - Promoções gratuitas também ajudam: Outra prática comum e possível através da publicação pelo KDP é a realização de promoções de distribuição gratuitas dos livros, recurso que gera muita discussão entre publishers e editores, mas que tem certa eficiência, especialmente se o autor conseguir estimular os comentários às suas obras no site;

7 - O gênero também ajuda:  Não gritem, mas sim, a escolha do gênero no qual escrever colabora bastante para as vendas de livros na Amazon. Uma olhada entre os mais vendidos nos revela que romances derivados ou próximos ao soft porn de Cinquenta Tons de Cinza são os preferidos e gênero o qual mais possibilita a presença de novas autoras e autores entre os 100+ . Livros técnicos ou de auto-ajuda também têm boa procura;

8 - Mais uma vez, o preço: Essa mesma olhada entre os mais vendidos no site nos levam novamente à questão do preço, sendo que obras entre R$ 5,00 e R$ 10,00 têm preferência entre compradores;

9 -  Continue divulgando: Do mesmo modo, retomamos a questão da divulgação. Não desista nunca desta etapa, especialmente quanto ao engajamento e interação com os leitores, esta última, fundamental para os principais casos de sucesso, quanto mais leitores falando de seu livro, melhor propaganda;

10 - Pesquise sobre casos: Pra finalizar, ainda que cada autor tenha sua própria receita, pesquise, acompanhe, indague, busque compreender outros casos de sucesso de vendas e construa seu próprio caminho não desconhecendo as etapas anteriores. 

P.s.: Quem quiser conhecer meus trabalhos por lá, confere aí.    

10 Considerações sobre Quando a Bela Domou a Fera, de Eloisa James ou sobre rosas valentes

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O Blog Listas Literárias leu Quando A Bela Domou a Fera, de Eloisa James, publicado pela editora Arqueiro; neste post as 10 considerações da Gi sobre o livro, confira:

1 - Quando A Bela Domou a Fera é a releitura sensual do tradicional conto de fada num romance cheio de reviravoltas e com um final com a inversão de expectativas muito interessante capaz de nos encantar;

2 - O livro nos apresenta Linnet uma bela mulher que teve sua reputação destruída graças a um mal-entendido levando-a a ter de se casar com o Conde Piers, um homem de coração frio e "imune" aos encantos da mulher e que ainda sofria com problemas físicos, sendo ambos jogados no centro de uma sociedade dominada pelas aparências;

3 - Os dois, ao unirem-se, passam então a participar desta releitura (ainda que o romance ambiente-se num passado quase contemporâneo ao conto) do conto clássico, e criar certo jogo de contrastes. Ela, a moça inteligente e bela que é difamada e perseguida pela sociedade que a rodeia, e ele, também estigmatizado, entretanto por diferentes motivos;

4 - Quanto ao Conde, um médico talentoso o que lhe constituía de aura sombria era a fama de ser um homem cruel e a desconfiança de ser impotente. Além disso, de atitudes ríspidas e grosseiras que acabam surgindo justamente como defesa, visto que há em sua história uma série de sofrimentos.

5 - Deste modo, o romance, portanto, convida a refletir acerca das primeiras impressões e também dos preconceitos cometidos a partir de suposições e boatos, algo, ainda hoje rotineiro. Tanto Linnet e Piers sofrem com uma sociedade que está sempre a julgar, só que, por exemplo, o fazem sem se aprofundar na verdade, que no caso do Conde vai surgindo seu verdadeiro eu a partir de quando ele começa a se render à Linnet;

6 - Por isso, esta é uma história capaz de emocionar ao abordar uma série de questões que trazem dramas tão presentes no dia-a-dia. Além disso, traz uma mensagem de superação, esta capaz de romper e esmo lutar contra os costumes de uma época;

7 - Aliás, por ambientar-se num passado remoto, o romance acaba trazendo uma variedade de vocabulário e uma linguagem rebuscada que tomam certo tempo, pois é uma destas leituras que parece caber o mundo dentro dela com páginas capazes de contar muita informação capa de noz fazer viajar no tempo, três séculos atrás;

8 - Além disso, a mim, particularmente, o romance cativou mais que o próprio conto graças à suas alternativas e discussões, além, é claro, de todo o clima de amor presente através de seus dois protagonistas carregados de marcas, mas que superam seus problemas;

9 - Sem falar da inversão final das expectativas com acontecimentos que nos surpreendem e apresentam novos paradigmas aos protagonistas e às leitoras, de tal modo que uma nova série de reflexões parte deste ponto, e vão além do conto original;

10 - Enfim, Quando A Vela Domou a Fera mexe com nossos sentimentos nos atirando da raiva ao amor, tudo isso numa leitura que de prende e que te cativa de tal forma que somos conquistadas por todo o universo desta bela história de amor.





Lançamento: Yellow Bananas

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Pessoal, aproveito para fazer aqui um breve pronunciamento: 

 A ficção é muito doida mesmo. Imagine um país governado por um presidente que chegou ao posto depois de um golpe e que é fanático por mesóclise. Pense que nesse país, aviões com políticos e juízes caem misteriosamente, e, pior ainda, o mesmo que governa a nação é o chefe da Grande Quadrilha Nacional. Sem falar que nesse país vazam áudios comprometedores entregando os esquemas das grandes esferas do poder e do dinheiro. Pois é, no Brisal é assim

Nesta novela, uma sátira pra lá de panfletária, é justamente um herói inesperado que poderá jogar toda merda no ventilador. Isso se ele sobreviver, é claro. Convido vocês a conhecer minha nova publicação na Amazon:http://migre.me/wlsHF

10 Entrevistas para o escritor Nikolai Streisky

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O Blog Listas Literárias recentemente leu o livro de contos, O Mosaico, e curtiu bastante. Por isso resolvemos entrevistar o autor que nestas 10 perguntas conversamos sobre literatura, o ofício de escritor e também sobre a obra, confira:


{01} L.L.: - O conto é um gênero aparentemente fácil mas de grandes desafios. Como foi seu processo de escolha pelo gênero e como você observa a atuação dos contistas na literatura brasileira?

N.S.:– Essa é uma questão complexa em literatura. Temos Maupassant e Faulkner que acham o conto um gênero mais difícil de escrever do que o romance. Machado de Assis e Jorge Luis Borges tem opiniões semelhantes. O que eu realmente penso é que a facilidade em escrever contos, romances ou poesias depende do estilo e das referências literárias do escritor. Para alguns, pode ser mais fácil o conto. Para outros, pode ser o romance. Eu comecei escrevendo poesia na minha adolescência, e, aos poucos, fui me voltando para prosa. Aos 16 eu já escrevia contos, crônicas e ensaios. Pessoalmente, acho muito mais fácil escrever contos que textos maiores, como romances ou novelas. O Brasil sempre teve grandes contistas, apesar de os romances e novelas venderem mais. Ainda assim, há nomes muito importantes nesse gênero, como Machado de Assis, Rubem Fonseca, Dalton Trevisan etc.

{02} L.L.: - O Mosaico é composto por contos de fantasia híbrida com ficção científica urbana, algo com poucos autores no Brasil. Como você observa isso especificamente?

N.S.: - De fato, a ficção científica é um gênero ainda pouco explorado por escritores brasileiros. Também não é gênero que os brasileiros leem muito. As histórias de fantasia, de Tolkien a J.K. Rowling, e até mesmo G.R.R. Martin, sempre tiveram muitos leitores aqui no país.. É verdade que autores como Isaac Asimov e Arthur Clarke tiveram muitos livros editados no Brasil. Também não é difícil encontrar os livros de P. K. Dick, Willian Gibson, entre outros.

Mas é inegável que o interesse pelas temáticas da ficção científica, especialmente a distopia, tem crescido bastante no Brasil nas últimas décadas. Nesse aspecto, a popularização da ficção científica não aconteceu somente através da literatura, mas também graças a diversos filmes, séries, games e histórias em quadrinhos, que trazem a temática.

{03} L.L.: - Aliás, sua obra lembrou-me os contos de Ruas Estranhas organizado por George R. R. Martin, mas que é claramente influenciada por nomes como Lovecrat e Doyle. Fale-nos mais de suas referências e influências literárias?

Eu sempre tive um contato íntimo com literatura. Os primeiros livros que eu li na vida foram os do Conan-Doyle e Julio Verne, ainda bem jovem, logo após a alfabetização. Minha avó tinha essas duas coleções (que eu peguei para mim, recentemente), 5 livros do Julio Verne, e uns 8 ou 9 do Conan-Doyle – praticamente, todos os livros que tem o Sherlock Holmes como personagem. Foi por causa dessas leituras que eu comecei a gostar de histórias de investigação e ficção científica.

Quando cheguei no ensino médio, comecei a ler bastante. Foi nessa época que eu conheci as obras de Poe e Lovecraft. De tempos em tempos, sempre releio esses autores. O horror cósmico do Lovecraft é uma das minhas principais fontes de inspiração, e permeia toda a primeira metade do livro. Tenho uma enorme reverência pelos escritores eslavos do séc. XIX e XX. Li boa parte dos grandes eslavos, como Turgueniev, meu favorito, Dostoiévski, Gógol, Tchecov, Tolstoi etc. Meu pseudônimo eslavo foi escolhido por isso. E também porque eu sou descendente de eslavo, apesar de não ter o nome.

Eu comecei a ler a ficção científica utópica do Verne, mas foi a distopia que realmente me chamou a atenção. 1984, Laranja Mecânica, Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451 foram os primeiros livros que eu li sobre o assunto. Uns bons anos mais tarde, conheci a literatura cyberpunk de William Gibson e os contos e romances do Phillip K. Dick. Entre outros autores. Ainda assim, há claras influências de dois autores de ficção científica utópica, Isaac Asimov e Arthur Clarke. A eternidade é uma óbvia influência do livro “o fim da eternidade”, do Asimov. Raças alienígenas misteriosas e suas estranhas tecnologias também são uma referência a série de livros mais conhecida do Clarke, a “Odisseia no Espaço” (2001, 2010, 2061 e 3001).

{04} L.L.: - Além disso, a forma como estrutura seus contos brinca com a ficção e o próprio estilo estrutural de texto acadêmico. Vem a ser uma marca ou não tinhas a intenção disto?

N.S.: O conto O Mosaico tem uma história curiosa. Em 2010, estava no meu primeiro ano de mestrado na Puc-SP. Como atividade de fim de semestre, o professor havia pedido que fizéssemos um texto curto, de duas a três páginas, sobre o que foi aprendido na disciplina. Foi nessas aulas que eu entrei em contato com a Teoria Geral de Sistemas, teoria do caos etc. Tendo isso em mente, decidi fazer um conto ao invés de um texto dissertativo comum. Tudo o que está no conto O Mosaico foi aprendido nessa disciplina.

Então, as citações acadêmicas começaram a aparecer. Propositalmente, eu queria criar um texto que conseguisse unir a ficção e o conhecimento acadêmico. Certamente, é um caminho que eu pretendo seguir, e aprimorar em obras posteriores.

{05} L.L.: - Ainda sobre os contos do livro, temos também a presença clássica da presença detetivesca em meio a perturbações temporais, e diga-se, funciona bastante bem. Como você avalia o personagem "detetive" na literatura? É alguém a sempre nos cativar interesse?

N.S.: Podemos ver histórias de investigação logo no início da literatura. Mas devemos o estereótipo do detetive, como o conhecemos, à Edgar Allan Poe. Todos os escritores de investigação devem muito ao Auguste Dupin. Inclusive serviu de inspiração para o detetive Augusto Albuquerque. O nome Augusto não está aí por acaso.

Evidentemente, quando pensamos em histórias de investigação, pensamos na dupla Sherlock Holmes e John Watson. Claro que Arthur Conan-Doyle foi muito influenciado por Poe em uma série de aspectos. Como o fato do investigador não ser da polícia, ter um companheiro-ajudante narrador e ser uma personagem exótica. Mas é com Conan-Doyle que a figura do detetive outsider e atormentado aparece mais claramente. Todos sabem dos vícios em heroína, cocaína e, algumas vezes, opiáceos, do Sherlock Holmes.

O arquétipo do detetive atormentado, geralmente com algum vício, influenciou não só a literatura, mas também, e principalmente, o cinema noir. É de praxe nesses filmes ter detetive particular que fuma e bebe o dia inteiro.

De fato, essa é uma das razões do Augusto Albuquerque fumar maconha. O investigador movido a álcool e tabaco é algo muito característico do século XX. Optei por essa substância, pois não é tão comum a encontrarmos em boa parte das histórias. E como o início do século XXI está marcado pela legalização da maconha, tanto o uso medicinal quanto o recreacional, achei apropriado.


{06} L.L.: - Conte-nos também como surgiram os contos de O Mosaico. Suas inspirações? Motivação?

N.S.: Eu já havia falado de algumas influências literárias acima. Claro que livros sempre serão a principal influência para um escritor. Mas fui muito influenciado por outras mídias, principalmente games, séries, filmes e quadrinhos.

No campo dos games eu tenho três influências principais: Trilogia Mass Effect, Fallout (todos) e Deus Ex (todos também). Há outros jogos que eu gosto, mas esses foram os que mais me influenciaram na ficção científica. Mass Effect foi particularmente importante para a criação do conto O Imperador Rubro e o Signo Amarelo. Podemos dizer que o Imperador é uma espécie de Shepard com ambições políticas (num meio termo entre Renegade e Paragon), e o próprio Conselho Galáctico também segue essa inspiração.

Eu comecei a ver muita série há uns 6 anos atrás. Vejo muitas séries, mas tem algumas que são especialmente importantes na minha formação: True Detective (só a primeira temporada), Luther, o próprio Sherlock da BBC é ótimo (exceto esse fim da 4° temporada, que foi muito ruim). Apesar de eu conhecer Lovecraft há muito mais de uma década, não conhecia Robert Chambers e as histórias ao redor do Rei de Amarelo. Foi o True Detective que me apresentou ao Chambers.

Por fim, nos quadrinhos, li muita coisa cyberpunk. Akira é sensacional (tanto o mangá quanto o filme animado), Ghost in the Shell também é um clássico. Cowboy Bebop é excelente.

{07} L.L.: - Fugindo um pouco da obra, como você avalia as possibilidades para novos autores? Além disso, como vê a questão também para contistas? Eles encontram maiores dificuldades comparados a romancistas?

N.S.: De certa forma, nunca esteve tão fácil publicar. Existem muitas editoras de pequeno e médio porte que aceitam obras de escritores desconhecidos. Entretanto, é muito difícil um escritor iniciante ser publicado por grandes editoras brasileiras. Há também a opção de se publicar ebooks direto pela Amazon.

Sobre a questão de publicar contos, eu tive uma sorte dupla. A editora Chiado, de Portugal, não pode ser considerada uma editora pequena. Além disso, contos, no geral, não vendem tão bem quanto romances. Muitas editoras nem sequer consideram publicar um livro de contos de um autor desconhecido.

{08} L.L.: - Você lançou O Mosaico no Brasil e em Portugal, pode contar-nos como tem sido a repercussão e a recepção da obra?

Por eu ser um escritor desconhecido, sem contatos na imprensa tradicional, não saiu nenhuma resenha em jornais ou revistas, o que iria aumentar bastante a divulgação. Para contornar esse problema, eu tenho mandado meu livro para muitos blogs e sites. Até agora, foram umas 7 ou 8 resenhas, todas muito positivas (eu comecei a divulgar o livro em novembro).

Lancei o livro em 3 cidades: São Paulo (na Martins Fontes da Paulista), Londrina (Livraria da Vila) e Lisboa (Livraria Ler Devagar). Todos os lançamentos foram ótimos. Um sonho realizado. E ajudaram a divulgar o livro. O lançamento na Ler Devagar de Lisboa deve ter sido o dia mais feliz da minha vida. A livraria é fantástica (tem fotos do lançamento no facebook do livro), teve leitura de alguns trechos da obra, sessão de perguntas e bate papo sobre o livro.

Tive alguns retornos bem positivos em Lisboa, mas mesmo assim, ainda tem muito trabalho a ser feito, até que o livro seja minimamente conhecido. Também tenho utilizado as propagandas do Facebook, como forma de divulgar o livro e as resenhas feitas até então. Os resultados tem sido muito bons! E isso é mais outro aspecto que facilita a vida do escritor. Fazer divulgação na época pré-internet, não só era muito caro, como difícil. 

 {09} L.L.: - Quanto a ficção científica, como vê o público leitor deste gênero? Há espaço para crescimento de leitores ou trata-se de um nicho ainda restrito quando falamos em produção nacional?

N.S.: Como eu havia dito numa questão anterior, ficção científica ainda não é um gênero muito popular. Melhorou bastante nos últimos dez anos. Lembro-me que há dez, quinze anos atrás, era bem difícil encontrar livros de ficção científica. Voltando ao exemplo do Isaac Asimov: ele sempre foi publicado no Brasil, mas perto dos anos 2000, a maior parte dos seus livros estavam esgotados no Brasil. A única alternativa era garimpar nos sebos, e torcer para achar algo. Hoje em dia, não só as edições antigas são facilmente encontradas na Estante Virtual, como há muitas novas edições, lançadas em anos recentes. O próprio Phillip K. Dick, há vários livros disponíveis.

Claro que, hoje em dia, há algumas editoras publicando ficção científica, mas talvez o grande nome editorial, no Brasil, seja a Aleph. A editora tem um catálogo excelente. Como o número de escritores de ficção científica publicados no Brasil cresceu bastante, então posso supor que essa temática está cada dia mais popular.

{10} L.L.: - Para finalizar, além de suas considerações finais, como enxergas a literatura brasileira para os próximos anos? Também o que esperas como autor a partir desta sua estreia?

O número de leitores no Brasil ainda é muito baixo, mesmo se comparado aos países da América do sul, especialmente Uruguai, Chile e Argentina. Esse é um gargalo educacional crítico. Mas nos últimos anos houve um crescimento considerável de leitores. Nisso eu posso apontar 2 causas possíveis:

- o barateamento do livro – pode-se comprar livros de sebos, por sites como a Estante Virtual, que geralmente estão menos da metade do custo em livraria. Ainda não houve um barateamento expressivo dos ebooks – ao menos não na maioria dos casos, mas certamente os ebooks, mesmo que pouco, ainda colaboraram com esse crescimento

- Algo que o Henry Jenkins chamou de Era da Convergência. Histórias não são mais contada em uma mídia, agora a narrativa atravessa todas as mídias. Temos muitas adaptações de livros e quadrinhos, que acabam divulgando a obra original, tanto no cinema quanto nas séries. Então, para a pessoa conhecer essas histórias profundamente, ela acaba sendo levada a consumir outras mídias. O caso do Harry Potter, da J. K. Rowling, é emblemático nesse aspecto. Claro que o livro vendeu milhões de cópias por si só, mas é inegável que os filmes ajudaram a consolidar essas histórias e personagens no imaginário social. O caso dos filmes derivados dos livros do Tolkien, como o Senhor dos Anéis, são a mesma coisa. Como autor, eu tenho três possibilidades:

- Eu tenho um romance cyberpunk que se chama O Fim do Projeto Europeu. Essa história se passa num futuro próximo, daqui uns 30 anos. Comecei a escrever em 2006 e abandonei. Deve ter mais de 150 páginas de word (o que dá quase mais páginas do que o meu livro de contos). Mas esse é um projeto bem audacioso, até pelas temáticas que pretendo abordar (o fim da democracia liberal, as terríveis consequências do aquecimento global no futuro, a tecnologia sendo usada para propósitos obscuros etc).

- A minha segunda possibilidade era exatamente o plano original: fazer um livro de contos, com uns 15 ou 16 contos, que seriam continuações/prelúdios das histórias da primeira coletânea. Nada muito diferente do que eu já fiz no primeiro livro. - A terceira hipótese envolve minha ida a Portugal. Existe uma cidade medieval chamada Óbidos, e lá há uma espécie de residência artística. Eu estou preparando um projeto para apresentar nesse fim de ano, para talvez se candidatar a morar um tempo nessa cidade. Se o projeto for aprovado, eu posso morar um tempo lá, enquanto produzo um romance. A minha ideia é escrever um romance sobre um caso investigativo na cidade, com o detetive português Augusto Albuquerque como personagem principal.

URGENTE: 10 Escritores que serão expulsos do Brasil ainda hoje

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URGENTE: O Clima esquentou pessoal e Conde Temer decidiu mostrar que não está para brincadeiras. Em edição do Diário Oficial Especial a ser publicado hoje uma lista com 10 escritores que deverão deixar o país imediatamente. Segundo informações um avião irá levá-los até a Venezuela e de lá que se virem. Veja a lista dos expulsos:

1 - Raduan Nassar: É certamente o autor brasileiro mais importante das últimas décadas de uma pequena, mas impactante produção literária, entre suas obras, Lavoura Arcaica. Para muitos seria o nome brasileiro para o Nobel de Literatura e que recentemente foi exposto à extrema deselegância do Ministro da Cultura, Roberto Freire, quando Nassar recebia o Prêmio Camões;

2 - Gregório Duvivier: Na internet, na televisão, onde estiver Duvivier deixa bem claro sua oposição ao governo, contudo o que mais teria irritado o conde seria o fato de "aquele esquerdista ter apropriado-se da mesóclise naqueles poemas pobres. Expulsá-lo-ei" teria dito a próximos;

3 - Laura Liuzzi: A poeta teve o descalabro de na última Flip declamar um poema do Conde jogando-o aos leões, vitimando os pobres versos para esporro geral da crítica, fato que não confirmado, mas que teria irritado muito o poeta-despresidente (*despresidente = neologismo para presidente ilegítimo);

4 - Márcia Tiburi: Filósofa, professora e escritora, Conde Temer estaria "por aqui" como ela, especialmente pelo fato de ela não aceitar "verificar preços no mercado" e encher a cabeça dos universitários brasileiros com ideias feministas. Sua inclusão na lista seria sugestão de um candidato fascista que nos negamos a dizer o nome;

5 - Mário Sérgio Cortella: A coisa não está fácil para quem reúne a tríplice qualidade "professor, escritor, filósofo". Fenômeno na internet, ainda que mais brando que muitos, as insistentes críticas do barbudo ao Governo do Conde transbordaram o balde de água;

6 - Chacal: Outro nome da lista o poeta e letrista foi incluso dentre os expulso. Quando do impeachment declarou sua contrariedade ao golpe;

7 - J. P. Cuenca: Um dos jovens promissores do Brasil, reconhecido, inclusive pela Revista Granta além de sua oposição ao Governo do Conde colabora para o The Intercept Brasil, veículo de mídia que dá dor de cabeça ao governo;

8 - Fernando Morais: O escritor já pode até pedir música no fantástico de tanto que luta contra golpes. Sempre se posicionou contra o golpe de 2016 e na internet é um dos mais ativos na luta contra o Conde;

9 - Marcelino Freire: Outro autor a se posicionar contra o golpe e atuante na pauta do movimento LGBT entrou na lista também por sugestão de vocês sabem quem;

10 - Noemi Jaffe: Escritora e crítica literária a autora também não foi poupada da expatriação governamental de autores e encerra a lista dos expulso. A primeira de outras que virão, segundo fontes do governo.

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Sim, gente, calma. Ainda que o mais assustador seja que não podemos descartar uma coisa desta em tempos sombrios como estes, essa notícia, sorriam, é uma "fakenews" de 1º de abril.

10 Considerações sobre Tarântula, de Bob Dylan ou cuide-se com artrópodes

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O Blog Listas Literárias leu Tarântula, de Bob Dylan publicado pela editora Tusquets; neste post as 10 considerações de Douglas Eralldo sobre o livro, confira:

1 - Emblemático talvez seja uma boa definição para este estranhíssimo Tarântula, de Bob Dylan. A obra publicada nos anos 70 só depois de se disseminar por cópias ilegais teve sua publicação oficial não pertence a nenhuma das caixas habituais que se tende a classificar as ficções e reúne em seu miolo uma prosa fragmentada e enigmática compartilhada com versos líricos que poderíamos aproximar da poesia modernista aqui do Brasil;

2 - Adormecido por décadas, agora após a escolha de Dylan como Nobel de Literatura, obviamente os olhos voltam-se a ele, especialmente às suas palavras, com isso Tarântula é republicado pela Tusquets e nos apresenta e nos joga a um tempo turbulento em que a ânsia de protestar, de falar e também de apontar as coisas estão presentes neste livro de Dylan;

3 - É, contudo, uma destas obras desafiadoras porque as estruturas caóticas e o fluxo livre das palavras exigem de seus leitores mais do que atenção, mas sim inúmeros retornos aos seu fragmentos que ao fim não deixam de ser um retrato de um espaço e de uma época que de certo modo refletem as angústias do autor;

4 - Além disso, não se pode desprezar a que olhava Dylan ao escrever cada pedaço de Tarântula, visto que suas alegorias & metáforas & críticas & desilusões & arroubos dão sempre a sensação de possuir destinos que ora são bem claros, ora são obscurecidos pela sintaxe labirintítica da narrativa e da lírica ampliando a sensação única a permanecer do princípio ao fim da publicação: o estranhamento.

5 - Além do estranhamento poderíamos ainda destacar a angústia presente, algo que se revela pelo ritmo das palavras, tanto na prosa quanto na lírica, pois o tempo de leitura é invadido por uma percepção de urgência, de necessidade, escancara uma voz que precisa falar, que precisa logicamente ter voz num mundo externo que claramente impacta o autor com bastante força;

6 - Por isso temos nesses fragmentos confusos & verborrágicos & eloquentes & tensos & estranhos & dedo apontando para as feridas um olhar sob influência da guerra fria & das guerras não-frias, da censura, do medo atômico & da cena cultural, da sociedade observada cheia de defeitos e incongruências pela hábil escamoteação verbal de Dylan;

7 - Do mesmo modo, se não escapa das "patas da tarântula" de Dylan a crítica ampla à sociedade, é inegável também que boa parte destes fragmentos apontam algumas vezes para alvos específicos, às vezes para elogiar, outras para desmontar & criticar pessoas & instituições & governo & tudo mais. Em alguns casos o dedão de Dylan apontado é claro como água, noutros haverá  o leitor de ir à fundo para tentar descobrir seus alvos;

8 - Aliás, esse é um dos riscos atuais da leitura de Tarântula hoje. Dylan a escreveu em seu tempo e em boa parte parece só pertencer a ele pois com o esmaecimento da memória social e a distância criada, em certos momentos tudo pode soar ininteligível ao leitor de hoje, pois há uma série de particularidades que encontram dificuldade de chegar ao universal;

9 - Todavia não significa que não haja ecos ou relevância da leitura da obra neste presente, especialmente porque a ânsia e a angústia são partilhadas pelo leitor de hoje e o de ontem e assim o olhar mais humanista e cultural de Dylan pode ser reverberado, especialmente porque há nos dias atuais essa mesma necessidade de falar & opinar & participar & entender o mundo que nos cerca. Aliás, há em Tarântula essa busca intensa em busca de compreensão.

10 - Enfim, não se pode negar, Tarântula é uma obra de vanguarda (aliás, vale repetir, bem próxima de algumas obras no nosso modernismo da década de 20) que nos estranha e nos provoca com seus mistérios a ser decifrado. É uma leitura que nos obriga a retomá-la sempre e a cada retomada nosvas perspectivas abrem-se.



10 Hobbits mais importantes da literatura

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Como fazer um lista com seres de um universo só? Simples, desde que esse universo seja tão grandioso quanto o de Tolkien. Por isso, hoje selecionamos os 10 hobbits mais importantes da literatura, confira:


1 - Bilbo Bolseiro: Não poderíamos iniciar a lista que não fosse com ele, pois o ladrão Bilbo participa da primeira grande aventura de um Hobbit unindo-se aos anões em busca do tesouro de Smaug dando início ao gigantesco universo de Tolkien, sendo ele inclusive a descobrir o precioso;

2 -  Sméagol: Pois é, a criatura Gollum um dia fora um Hobbit, contudo, seduzido pelo anel acaba matando o primo e depois apodrecendo no subterrâneo ao perder o anel que a essa altura já guarda uma estreita relação com os hobbits;

3 - Frodo Bolseiro: E chegamos então ao "herdeiro" do anel que na trilogia do Senhor dos Anéis tem a missão de destruí-lo, não se antes passar por uma série de provações e perigos, muitas vezes tornando-o reticente quanto à capacidade de cumprir a missão lhe dada;

4 - Samwise Gamgee: O verdadeiro escudo de Frodo, Sam esteve sempre de salvaguarda do amigo auxiliando-o em momentos chaves da jornada para destruição do anel. Depois retornou para casa, casou-se e por algum tempo até foi prefeito do condado.

5 - Elanor, a Bela: Não podemos negar que a sociedade dos hobbits é bastante patriarcal, sendo quase impossível suas mulheres terem espaço de destaque. Optamos pela primeira filha de Sam, que embora tenha no máximo atuado como doméstica de honra da rainha Arwen, o fato de ter ficado com a posse do livro vermelho abre interessantes leques para sua biografia;

6 - Déagol: Ele morre cedo, contudo é uma morte que traça uma série de destinos na Terra-Média, por isso o rapaz morto por Sméagol tem de estar nesta lista;

7 -  Merry Brandebuque: Na obra, o hobbit que també integra a Sociedade do Anel é considerado um dos mais inteligentes e esperto hobbits, o que para a jornada da sociedade torna-se vital;

8 - Peregrin Tûk (Pippin): Outro esperto hobbit da Sociedade do Anel e que desempenha papel fundamental no convencimento de Barbárvore a entrar na guerra;

9 - Fredegar Bolguer: No filme o personagem foi descartado, entretanto nos livros ele tem participação relevante, inclusive organizando uma conspiração contra Frodo;

10 - Tom Cottom: O sogrão e Sam e também seus filhos foram alguns dos hobbits a participar da última batalha durante a Guerra do Anel quando do expurgo do condado.

10 Livros com e sobre a Revolução Russa para ter na sua estante

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2017 marca o centenário da Revolução Russa, levante popular que alterou a geopolítica mundial e ainda hoje apresenta seus reflexos. Aproveitando este centenário listamos 10 livros sobre ou com a Revolução Russa para ter na sua estante, confira:

1 - Dez Dias Que Abalaram o Mundo, de John Reed: Não se trata apenas de um testemunho vivo, narrado no calor dos acontecimentos, da Petrogrado nos dias da Revolução Russa de 1917, como também a obra que inaugura a grande reportagem no jornalismo moderno... + no Submarino

2 - Os Románov, de Simon Sebag Montefiore: Neste livro envolvente, o premiado historiador Simon Sebag Montefiore revela o mundo secreto de poder ilimitado e a implacável construção de um império fervilhante, repleto de conspirações palacianas, rivalidades familiares, excessos sexuais e extravagâncias selvagens. Um palco composto por um elenco de aventureiros, cortesãos, revolucionários e poetas: de Ivan, O terrível, a Tolstói, da Rainha Vitória a Lênin... + no Submarino

3 - Doutor Jivago, de Boris Pasternak: O livro acompanha as transformações político-sociais na Rússia do início do século XX - o livro abrange o período entre 1903 e 1943 -, o mais importante da obra de Pasternak é o drama humano visto através dos olhos de Yuri Jivago. Nele o jovem médico, rico, preso pelos bolcheviques e obrigado a colaborar com a revolução, sendo separado da mulher e, mais tarde, de seu grande amor, Lara... + no Submarino

4 - O túmulo de Lênin, de David Remnick: Para o livro, o autor visitou minas de carvão. Foi a estações de trem em busca de pedintes, ladrões e viajantes. Esteve nas fazendas da elite, foi à casa de dissidentes do governo e também registrou o relato de fervorosos antissemitas. Como num grande romance russo, todos têm o que dizer. Contradizendo uns aos outros, eles compõem um retrato exuberante de um povo ciente de que a história estava se movendo sob seus pés... + no Submarino 

5 - A Maldição de Stalin, de Robert Gellately: Com base em numerosos documentos originais russos e outras fontes do Leste Europeu, liberados após o fim da União Soviética, além de muitos outros documentos alemães, americanos e ingleses, o historiador best-seller Robert Gellately delineia as origens da crescente influência internacional do tirano, que se inicia nos primeiros dias da Segunda Guerra Mundial e permanece mesmo após sua morte, em 1953... + no Submarino

6 - Viva!, de Patrick Deville: Um dos mais criativos nomes da literatura francesa contemporânea, retraça a trajetória de personagens-chave do século XX, que se cruzam no México do final da década de 1930 fugindo dos totalitarismos que assombram a Europa... + no Submarino

7 - Manifesto do Partido Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels: Análise militante da luta de classes, denúncia dos mecanismos de perpetuação da opressão, este que é um dos textos políticos mais influentes da história moderna retorna com o selo Penguin-Companhia das Letras para seguir provocando polêmicas e paixões... + no Submarino

8 - Rumo à Estação Finlândia, de Edmund Wilson: Estudo crítico e histórico das teorias revolucionárias europeias que estabeleceram as bases do socialismo bolchevique, este é um livro impossível de ser enquadrado em uma só categoria, capaz de agradar tanto a um especialista quanto a um não-iniciado. Desde a Revolução Francesa até a Russa, em 1917, Wilson percorre as batalhas intelectuais de um grupo de homens - conspiradores e filósofos, utopistas e niilistas, socialistas e anarquistas -, batalhas que ajudaram a moldar a história do século XX... + Na Saraiva

9 - O Fim do Homem Soviético, de Svetlana Aleksievitch: A autora examina a vida das pessoas afetadas por essa transformação. Em cada personagem está um pouco da história russa - a mãe cuja filha morreu em um atentado; a antiga funcionária do Partido Comunista que coleciona carteiras abandonadas de ex-filiados; o velho militante que passou dez anos em um campo de trabalhos forçados... + no Submarino

10 - História Concisa da Revolução Russa, de Richard Pipes: Resultado de anos de pesquisa do autor, este livro destaca os principais eventos que culminaram na Revolução Russa e os desdobramentos deste importante fato na história do século XX. Esta edição de bolso foi revista por Bruno Gomide, especialista em História Russa... + no Submarino

10 Fantásticas cidades da literatura brasileira

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O espaço urbano se constitui com estrutura importante da literatura, afinal, é nele que geralmente as coisas acontecem, principalmente depois que "abandonamos" a sociedade rural pelas metrópoles. Por isso, sejam fictícias, sejam reais, muitas cidades da literatura nos marcaram, em alguns casos eles são mais do que ambiente sendo quase que protagonistas das tramas. Por isso, escolhemos 10 cidades inesquecíveis da literatura brasileira:

1 - Santa Fé: Diz-se que a cidade de O Tempo e o Vento foi inspirada na terra natal deÉrico Veríssimo, Cruz Alta, inclusive teoria que encontra suporte nos mapas fictícios elaborados pelo autor. Aqui ela surge porque chega a estar naquela categoria de personagens como Sherlock Holmes estando no imaginário dos leitores como se fosse uma cidade real;

2 - São Paulo de Ignácio Loyola Brandão: Já para quem curte distopias (as puras) o cenário de Não Verás País Nenhum é um dos mais desoladores da literatura de tal modo que o leitor é de fato envolvido pela podridão e aridez do cenário numa cidade apocalíptica como poucas vezes visto;

3 - Taitara: As cidades sempre tiveram espaço na obra de José J. Veiga como nesta cidade de Sombras de Reis Barbudos. É uma cidade até comum, entretanto com a chegada da Companhia de Melhoramentos ela também sofre com essa opressão de muros labirintíticos, aves de rapina e homens voadores;

4 - Cidades de Jorge Amado: Outro autor a retratar as riquezas e a cultura das cidades e também os seus processos formativos foi Jorge Amado que pinta um quadro interessantíssimo da Bahia, como no Terras do Sem Fim um romance sobre a formação da região de Ilhéus. Em sua obra destaca-se também a fictícia Santana do Agreste;

5 -  Antares: Vamos a outra cidade de Veríssimo, a primeira no Brasil a ter contato com um ataque zumbi. Mais ao sul e na fronteira, a cidade reúne uma série de personagens interessantes, tendo inclusive sua favela e seus investidores internacionais, além, é claro, de um coreto com mortos-vivos discursando;

6 - Vilaboinha: A terra das mulheres fortes de Desesterro é uma cidade que pouco aparece pelas descrições, mas torna-se viva ao passo que sua aridez e seus costumes e suas culturas, boas ou não, e impregnam a vida miserável e sofrida de suas protagonistas;

7 - Rio de Janeiro de Machado: Assim como Jorge Amado consegue mostrar a Bahia por seus olhos, o mesmo podemos dizer do Rio de Janeiro de Machado de Assis, cidade que ganha vida pelos olhos realistas do autor;

8 - Porto Alegre e Os Ratos: Em nenhum momento de Os Ratos o narrador diz que se trata de Porto Alegre, entretanto a descrição e também a participação do ambiente urbano na ação de Naziazeno coloca a cidade com elemento fundamental da narrativa e também de sua capacidade de mexer com "o tempo";

9 - Shopping Cities: Edson Aran produz uma literatura bastante única e em Delacroix Escapa das Chamas estas cidades cônicas nos apresentam um futuro que se dá só pelo consumo e que as cidades são agora gigantescos edifícios "protegidos" da distopia externa a paraíso que pretender ser;

10 - Manarairema: Para fechar outra fichinha carimbada de José J. Veiga que não só pelo fato de ser invadida por cachorros e bois, a cidade de A Hora dos Ruminantes é na verdade sua grande protagonista.

10 Bons motivos para conhecer o trabalho da Editora Brasileira

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Olá Literários. No post de hoje selecionamos 10 bons motivos para vocês conhecerem o trabalho da Editora Brasileira, confira:

1 - Com o objetivo de divulgar e valorizar a arte e a cultura nacional, a Editora Brasileira tem como foco a publicação de livros que retratam a identidade cultural do Brasil e suas mais variadas formas de expressão;

2 - Neste sentido, as publicações da editora são peças de arte de muito bom gosto, mas também de preços acessíveis para quem curte a arte e a cultura diversa do Brasil produzindo olhares muito interessantes sobre o país;

3 -A Editora Brasileira é uma das principais do país na edição de livros fotojornalísticos e de arte, com foco em publicações que retratam a identidade cultural do Brasil e suas mais variadas formas de expressão. Dentre alguns dos diferenciais está o Acabamento de alto padrão, com textos bilíngues e imagens impactantes;

4 - Aliás, como vocês podem conferir pelas imagens que ilustram este post, tivemos acesso ao trabalho da editora e podemos conferir de fato a grande qualidade do material e também da abordagem feita pelas publicações da Editora Brasileira;

5 - Enfim, não só a qualidade gráfica e de produção, pudemos observar também que o olhar dos artistas e suas imagens, além do texto, formam um conjunto que cumpre os objetivos da editora e que impactam que vê e lê as publicações num material capaz de enriquecer suas bibliotecas pessoais;

6 - Além disso, a Editora Brasileira desenvolve um grande trabalho de captação de recursos através da Lei Roaunet que possibilita a publicação da diversidade brasileira num portfolio que que consegue dar espaço à nossa cultura;

7 - Portanto, teatro, cinema, poesia, fotografia, artes plásticas, circo, literatura infantil, esportes, biografias, jornalismo e meio ambiente são alguns dos temas das publicações da editora, além de títulos de novos autores e reedição de clássicos da literatura nacional e internacional;

8 - Por isso a Editora Brasileira consegue atuar com muitas parcerias, como no caso da UNESCO e também com ótima relações o Institutos e empresas nacionais e multinacionais;

9 - Com isso, ela tem conquistado ampla abrangência de público, que engloba os principais temas de brasilidade, sustentabilidade e infanto-juvenil; 

 10 - Enfim, em meio a este grande mosaico cultural, a proposta da editora é dividir com o leitor a capacidade da arte de ampliar horizontes e estimular novos olhares sobre o mundo.

10 Armas feitas de livros

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Armas que não atiram são sempre melhores, por isso hoje selecionamos 10 armas feitas de livros, confira:











10 Considerações sobre Jardins da Lua, de Steven Erikson ou como acessar os labirintos

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O Blog Listas Literárias leu Jardins da Lua, de Steven Erikson publicado pela editora Arqueiro; neste post as 10 considerações de Douglas Eralldo sobre o livro, confira:


1 – Jardins da Lua é uma narrativa ambiciosa que procura construir um universo complexo habitado por diferentes raças e seres em meio a uma guerra que recebe o leitor em pleno movimento dos combates por quais perpassam seus personagens com diferentes interesses e conflitos enquanto precisamos através destes movimentos ir aos poucos tentando compreender o contexto global daquela ação de intensa atividade e recheada de magia, golpes e lutas;

2 – É portanto um universo fantástico bastante rico e complexo no qual os leitores são jogados sem qualquer amaciamento, e diga-se aqui, algo proposital confirmado pelo próprio autor no prefácio da obra. Isso significa então que somos “atirados” no centro da ação, ou seja, onde menos se busca compreender as artimanhas políticas e do poder e mais se tenta sobreviver a cada combate, que é o que precisam fazer os personagens que acompanhamos, envoltos por uma guerra que às vezes lhes soa incompreensível e que em vários momentos se dificulta saber quem são os inimigos;

3 – Além da opção do autor e da complexidade narrativa que se dá por essa escolha, tudo embrenha-se de sombras e perigos porque no meio de todo este confuso movimento de peças, tanto leitores quanto os personagens terão de lidar com a dissimulação e das distintas intenções presentes em diferentes personagens e muito como, nas diferentes intenções constantes num único personagem que às vezes carrega mais de uma bandeira em suas batalhas;

4 – Aliás, a dissimulação é uma das grandes particularidades da narrativa, pois ainda que não tenhamos a exposição em panorama dos conflitos ou a presença de explicações sobre fatos, atos e acontecimentos, é justamente pelo mover-se dos personagens e suas aparentes ou não dissimulações que muito lentamente o leitor irá construindo seu olhar para o todo, e que só é possível por que o autor ainda concede uma vantagem aos leitores que é justamente poder acompanhar diferentes personagens em diferentes locais da guerra, que de certo modo minimiza os efeitos do “jet lag” da chegada ao cerne de um conflito que já está posto e que obriga-te apenas mover-se;

5 – Essa opção por não explicar, apenas apresentar pelos fatos e acontecimentos se reflete em todas as partes da narrativa, inclusive em seus elementos mágicos e fantástico os quais não surgem pela explicação, eles apenas ali estão, acontecem, e da forma e como acontecem é que darão “as explicações” ao leitor de modo que este produza seu próprio olhar e interpretação, como é o caso dos labirintos, pois não se precisa explicá-los, eles estão ali, ligando mundos e passagens pelo universo de Erikson;

6 – Todavia vale destaca que além de ambiciosa, a escolha e a opção narrativa de Erikson é também corajosa porque por ser o que é, ela torna-se um tanto truncada, inclusive por seu estilo seco e direto sem qualquer arroubo a floreios ou rebuscados que geralmente surgem em obras do gênero. Além disso, por boa parte da obra, o leitor assim como seus personagens, navega por páginas obscuras sem ter muita clareza para onde os movimentos o levarão;

7 – Por outro lado, isso não deixa de ser também uma vantagem, já que lhe confere identidade e vozes própria pois ainda que carregue elementos e referências de outros trabalhos de espada e magia e mesmo do RPG, isso se dá dentro do esperado, e assim o livro consegue apresentar-se como bastante único para compor a diversidade do gênero;

8 – Ademais a escolha por jogar seus leitores direto à ação concede-lhes a possibilidade da experiência, da surpresa, do reconfigurar de percepções e escolhas, pois gradualmente ao passo que os personagens se movimentam é possível compreender melhor a jornada de sobrevivência e os valores tão distintos que compõe o livro e seus personagens de tal modo que é possível vivenciar a jornada de aventura em meio ao movimento constante e as altercações de posicionamentos em meio ao combate, no aquecer das batalhas, no miolo de uma guerra em que diferentes desejos estão em jogo;

9 – Ou seja, o leitor ultrapassando a barreira do truncado e da confusão inicial da complexidade que lhe é imposta pela falta de tempo para respirar ou mesmo de conhecer os personagens que já lhe surgem no campo, na ação, aos poucos este leitor poderá ir construindo suas posições, suas escolhas e com isso ir superando o ritmo lento e cuidados exigido pela leitura que escamoteia no tilintar das espadas um jogo bastante complexo, confuso e em pleno movimento;

10 - Enfim, acima de tudo Jardins da Lua é de fato um universo gigantesco e ambicioso. Uma obra em tempo de guerra que nos apresenta personagens até reconhecíveis mas bastante únicos também em seu universo, que para além dessa diversidade de existência possui mitologia e passado bastante fantástico e grandioso que dão ao mundo de Erikson existência própria. Além disso, para os que preferem a ação à reflexão este é um romance que dá pouco espaço para a política visto que em Jardins da Lua o discurso ou é a espada ou é a magia.




10 Lançamentos de Abril #2017 para sua estante

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Hoje selecionamos os lançamentos e relançamentos deste mês de abril que ficarão muito felizes de irem para suas estantes, confira as dicas:

1 - Bob Dylan - Letras: A edição traz as letras dos discos de estúdio e das gravações ao vivo, bem como variações, revisões e material inédito dos arquivos do compositor. Os discos deste primeiro volume cobrem os anos de 1961 a 1974 e a edição é bilíngue... + na Saraiva

2 - Passe a Noite Comigo, de Megan Maxwell: Dennis, um brasileiro alto, bonito, sensual – e safado –, vive na Alemanha onde é professor de matemática. Durante um voo do Rio de Janeiro para Munique, ele se encanta com a ousada Lola. Ele não consegue esquecê-la, porém a exuberante ruiva não lhe deixa nenhuma pista de seu paradeiro. A vida segue e quando Dennis é chamado para dar aulas numa refinada escola britânica, ele percebe que o convite, irrecusável, é uma boa oportunidade de começar uma nova vida, com novas conquistas.. + na Saraiva

3 - Abominação, de Gary Whitta: A era medieval é muito mais conhecida por seus mistérios do que por seus registros históricos. Talvez seja melhor assim. Há quem acredite que estaremos mais seguros enquanto não soubermos de toda a verdade. Mas quem disse que as lendas não podem ser mais reais do que você imagina? Abominação reconta um dos capítulos mais sangrentos da história da Inglaterra: as invasões vikings do século IX... + na Saraiva

4 - Dois a Dois, de Nicholas Sparks: Com uma carreira bem-sucedida, uma linda esposa e uma adorável filha de 6 anos, Russell Green tem uma vida de dar inveja. Ele está tão certo de que essa paz reinará para sempre que não percebe quando a situação começa a sair dos trilhos. Em questão de meses, Russ perde o emprego e a confiança da esposa, que se afasta dele e se vê obrigada a voltar a trabalhar... + na Saraiva

5 - Caçador em fuga, por George R. R. Martin: Uma aventura surpreendente sobre a liberdade, escrita pelo mestre George R.R. Martin. Ao despertar num lugar escuro, Ramón Espejo não se lembra de como foi parar ali. Logo ele descobre que é refém de uma raça alienígena e que, para recuperar sua liberdade, será forçado a ajudá-los a encontrar outro humano como ele – um fugitivo... + na Saraiva

6 - Múltipla Escolha, de Alejandro Zambra: A partir da estrutura da Prova de Aptidão Verbal, aplicada de 1966 a 2002 aos candidatos a vagas em universidades no Chile, o autor cria relatos unindo fragmentos líricos e exercícios de linguagem para retratar problemas éticos: a necessidade de mentir para se afirmar; a vontade de estabelecer vínculos apesar da desconfiança; a percepção de que fomos instruídos a obedecer e repetir... + na Saraiva

7 - Romancista Como Vocação, de Haruki Murakami: Uma série de proposições sobre a escrita, a literatura e a vida pessoal do recluso escritor. Escrito na linguagem acessível típica de Murakami, este livro é um convite a todos que desejam habitar o mundo dos romancistas, bem como uma declaração de amor ao ato da escrita... + na Saraiva

8 - História Bizarra da Literatura Brasileira, de Marcel Verrumo: Os mistérios, as tragédias e os fatos emocionantes e bizarros envolvendo nossos livros clássicos e seus autores A partir de um olhar curioso e engraçado, “História bizarra da literatura brasileira” é um mergulho nos mistérios, nas tragédias, nos fatos emocionantes, divertidos e, claro, nas bizarrices envolvendo nossos livros clássicos e seus autores... + na Saraiva

9 - O Boneco de Pano, de Daniel Cole:O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano. ..+ na Saraiva

10 - Compre-me o Céu, de Xinran: Este livro fala de homens e mulheres nascidos na China depois de 1979 — as gerações recentes criadas sob a política do filho único. Dentro de suas famílias, são vistos como príncipes, mas tanto afago os tornou isolados, confusos e incapazes de lidar com a vida prática. Do filho de um executivo incapaz de arrumar a própria mala ao aluno de doutorado que superou a extrema pobreza... + na Saraiva

10 Bem-dotados da literatura

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Se tamanho é ou não documento é seara que não adentraremos neste post, contudo, não deixamos de selecionar 10 avantajados moços da literatura, confira:

1 - Ferrabraz:É o proprietário do "membro monstruoso" do soneto de Bocage que a despeito do tamanho, o poeta taca sua opinião "é coisa para se mostrar, não para f...."

2 - Sonny Corleone: Pois o mafioso filho de Don Vito era conhecido pelo instrumento volumoso, tanto que sua patroa evitava o coito com medo "da coisa" e dava graças a deus quando ele não "lhe procurava";

3 - Will Montgomery: Pois o jogador de futebol personagem da série With Me In Seattle é descrito com a incriminadora frase "o homem é um cavalo";

4 - O Homem Que Lavava o Elefante: No recente A Mãe, A Filha e o Espírito da Santa ainda que o personagem surja num único parágrafo é justamente para revelar que o circense tinha "uma tromba que ia até o joelho" e que cobrava uns trocas pela exposição que fazia à vovós safadinhas;

5 - Christian Grey: Mesmo que não se saiba precisamente, sabe-se que o rapaz dos chicotinhos e cadeiras especiais era "bem fornecido" de materiais, pois é, milionário e pauzudo;

6 - Eurico: O cara que acaba criando um triângulo amoroso no também recente Pecadora é conhecido pelos companheiros de vestiário como "monstro" por causa de seus "apetrechos" na série dos ricos e pauzudos;

7 - Max Califórnia: O bon vivant não é rico, tipo classe média mesmo, e protagonista de um romance bastante interessante, "a era de ouro do pornô" que reflete sobre a pornografia e sua interferência social. Bom, mas para lista ele entre porque segundo uma de suas diversas amantes ele possuía um "pauzão";

 8 - Samuel Black: Dotado em todos os sentidos o personagem protagonista Não Espere Pelo Amanhã, de Josy Stoque que tem se notabilizado pela produção erótica;

9 - Senhor Fantástico: Ok. Vamos abrir um espaço para HQs nessa lista (não é hentai, hein!) e também para as probabilidades (e ele está incluso nestas listas de prováveis geralmente) pois mesmo que não haja confirmação, o cara possui muita elasticidade, né, não?

10 - Gregor Clegane: Não temos provas, mas temos convicção. Olha o tamanho do cara, sem falar que é conhecido pelas alcunhas A Montanha, A Montanha Que Cavalga, A Enormidade Que Cavalga, O Grande Cão, daí pra O Pirocão Que Cavalga é pouca coisa.

E vocês, conhecem outros? Conta lá nos comentários.

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